O ser humano é uma das máquinas mais perfeitas do planeta, então por que lidamos com os fatos através de imagens formadas por nossa mente e percepção quando poderíamos lidar com os acontecimentos em sua totalidade?
Compreender o significado de uma imagem é muito mais fácil e simples do que analisar e entender toda uma cadeia de acontecimentos que levaram a um fato. Isso é ainda mais difícil quando vivemos no mundo de hoje, no qual recebemos informações sobre muitas coisas, por muitos meios e a uma velocidade cada vez maior. Por mais que o ser humano não use de sua capacidade, processar tantas informações iria requerer muito tempo, tornando a interpretação de uma imagem, algo muito mais viável.
No entanto, ao assumirmos que uma simples imagem é suficiente para ter conhecimento de algo, erramos. Tomando como exemplo o atentado de 11 de setembro de 2001, que matou milhares e destruiu um dos maiores símbolos econômicos da modernidade, foi um fato de grande impacto, do qual o mundo tomou conhecimento rapidamente, mas não soube como reagir ao que via. Tornar este fato uma simples imagem, seria ignorar uma infinidade de acontecimentos, criando uma completa alienação; e um mundo de pessoas alienadas pela simplificação de fatos tão complexos quanto este, não se sustentaria, portanto a realidade deve ser encarada.
Assim, considerando que lidamos com um fluxo de informações intenso e somos incapazes de compreender tudo, mas ao mesmo tempo não podemos ignorar fatos importantes que exigem a nossa atenção, é necessário que saibamos filtrar aquilo que recebemos; o importante, que nos afeta e pode exigir atitude deve ser compreendido na sua forma real e total; e o comum, de menor impacto ou até fútil pode ser visto apenas superficialmente, na forma de imagem, sem que nossa parcial ignorância se torne prejudicial.